quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Muitas vezes o preconceito começa na família!


Vicky Tavares

A mãe faleceu de HIV e em seguida a garotinha de 3 anos começou a adoecer. Uma pneumonia atrás da outra. Fizeram os exames e foi constatado o vírus HIV. Imediatamente a família separou talheres, pratos, roupas de cama e a isolaram em um cômodo da casa. Praticamente vivia no hospital acometida de doenças oportunistas.

Quando voltava para casa dormia em uma esponja. A cama que ganhou de presente ficou para a irmã. Ninguém se importava com ela. Pensavam: “Vai morrer mesmo!”.

Quando eu a conheci ela tinha 9 anos. Não aceitava ninguém. Devolvia na mesma moeda. Foi à conquista mais difícil da minha vida. Tirei-a da casa onde morava e fiz um trabalho de muito amor com ela.

Hoje está com 19 anos, linda, maravilhosa, carga viral zerada, CD 4 alto e é minha grande amiga! Não conta para ninguém sobre o HIV. Visita raramente a família. Está envolvida em um verdadeiro laço de amor, onde se abraça, se beija e se respeita as diferenças.      


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