Vicky Tavares
A mãe
faleceu de HIV e em seguida a garotinha de 3 anos começou a adoecer. Uma
pneumonia atrás da outra. Fizeram os exames e foi constatado o vírus HIV.
Imediatamente a família separou talheres, pratos, roupas de cama e a isolaram
em um cômodo da casa. Praticamente vivia no hospital acometida de doenças
oportunistas.
Quando
voltava para casa dormia em uma esponja. A cama que ganhou de
presente ficou para a irmã. Ninguém se importava com ela. Pensavam: “Vai
morrer mesmo!”.
Quando eu a
conheci ela tinha 9 anos. Não aceitava ninguém. Devolvia na mesma moeda. Foi à conquista
mais difícil da minha vida. Tirei-a da casa onde morava e fiz um trabalho de
muito amor com ela.
Hoje está
com 19 anos, linda, maravilhosa, carga viral zerada, CD 4 alto e é minha grande
amiga! Não conta para ninguém sobre o HIV. Visita raramente a família. Está
envolvida em um verdadeiro laço de amor, onde se abraça, se beija e se respeita
as diferenças.
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